Revelação da nova geração do forró, Thiago Freitas volta ao Piauí nesta sexta (13) com show junino
13/06/2025
(Foto: Reprodução) Artista acaba de lançar seu primeiro DVD, que conta com as participações de nomes como Tarcísio do Acordeon, Henry Freitas e a dupla Clayton & Romário. Cantor Thiago Freitas, de 22 anos, considerado uma das revelações da nova geração do forró
Divulgação
O cantor Thiago Freitas, de 22 anos, considerado uma das revelações da nova geração do forró, retorna ao Piauí nesta sexta-feira (13) com um show especial de festa junina. A apresentação é parte dos festejos de Santo Antônio, celebrado nesta sexta-feira (13), Flores do Piauí, 385 km ao Sul de Teresina.
Natural de Tangará, no Rio Grande do Norte, Thiago acaba de lançar seu primeiro DVD, que conta com as participações de nomes como Tarcísio do Acordeon, Henry Freitas e a dupla Clayton & Romário.
✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp
Em entrevista exclusiva ao g1, o artista contou que está há algum tempo sem visitar o estado, mas que o período junino é uma excelente oportunidade para os forrozeiros rodarem o Nordeste, conhecerem novas cidades e celebrarem essa época tão importante.
"Faz um tempinho que não vou ao Piauí, mas já toquei aí algumas vezes, assim que estourou minha carreira, em 2023, e no ano passado. Fiz cerca de dez shows, alguns deles em Teresina. Infelizmente foi só a trabalho. Ainda não tive oportunidade de conhecer o estado de verdade", disse.
Thiago começou sua trajetória musical aos 14 anos, quando ganhou um violão de presente do avô. Aos 18, formou uma banda com amigos, e no ano seguinte decidiu se dedicar integralmente à carreira artística.
Em 2022, lançou a faixa autoral “Outra Dose”, mas foi em 2023 que ganhou destaque com o EP “Desilusão” e com a releitura de “Quando a Chuva Passar”, sucesso de Ivete Sangalo que ultrapassou 42 milhões de streams no Spotify.
Cantor Thiago Freitas, de 22 anos, considerado uma das revelações da nova geração do forró
Divulgação
Apesar da rotina intensa, o cantor revelou que tenta aproveitar o melhor do clima junino nos lugares por onde passa. “É o melhor mês para conhecer lugares, para fazer show em novos estados também”, disse.
"E para rodar o Nordeste todo. Porque realmente a gente roda nesse período. A gente sai rodando todos os estados. A correria é grande. Por exemplo, saímos do Maranhão para Alagoas, passamos acho que mais de 24 horas viajando, rodamos 1.500 km de um estado para o outro", completou.
Para o Piauí, o cantor prometeu um repertório com, além das músicas dele, grandes sucessos do forró e hits juninos. "A gente preparou um show novo. Adicionou músicas novas, retirou algumas. A gente passou dois dias ensaiando e planejou realmente um show novo inspirado no São João", contou.
Para o show no Piauí, Thiago promete um repertório animado, reunindo seus maiores sucessos, clássicos do forró e hits tradicionais de São João. “Preparamos um show novo. Adicionamos músicas, tiramos outras. Passamos dois dias ensaiando para entregar uma apresentação especial, inspirada no clima do São João”, finalizou.
Forró🤝 Festas Juninas: a história
Ao longo de quase oito décadas, desde que surgiu e se espalhou pelas mãos de Luiz Gonzaga, o forró — estilo musical símbolo do Nordeste — passou por diversas transformações. Deixou de ser uma expressão puramente regional, marcada pela sanfona, zabumba e triângulo, para se adaptar à modernidade, incorporando elementos do pop, axé e tecnobrega. Ainda assim, continua sendo a trilha sonora oficial das festas juninas.
Declarado Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em dezembro de 2021, o forró é dividido, segundo pesquisadores, em três grandes fases: o tradicional (pé-de-serra), o universitário e o eletrônico.
Gonzagão, o rei do baião, foi um dos primeiros a popularizar o forró, nos anos 1940
Terra da Gente
Gonzagão, o rei do baião, foi um dos primeiros a popularizar o ritmo, nos anos 1940, ao lado de Carmélia Alves. No início, o forró era uma criação artística do sertão, nascida do universo rural nordestino.
As primeiras grandes mudanças ocorreram em 1975, quando músicos populares começaram a adaptar o estilo ao gosto urbano da época. Assim surgiu o forró universitário, com apelo jovem e urbano, impulsionado por artistas como Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho.
Nos anos 1990, o gênero passou por sua maior transformação. Com a introdução de novos instrumentos, presença de bailarinas e fusões com outros ritmos, nasceu o forró eletrônico — também chamado de forró estilizado ou “oxente music”.
O brasileiro Fábio Reis, professor de dança e estudante do gênero, mora em Ruanda, na África, onde dá aulas de forró. Para ele, o ritmo é resultado da fusão de três culturas fundamentais: africana, indígena e europeia.
“O forró é a mistura de três culturas muito importantes: africana, indígena e europeia”, explicou. Segundo Fábio, o movimento dos pés na dança vem da influência indígena; o balanço do quadril remete à cultura africana; e o abraço dos pares tem origem nas danças europeias.
Dia do Forró: Data celebra o ritimo imortalizado por Luiz Gonzaga, Rei do Baião
Ele conta que uma das hipóteses sobre a origem da palavra forró é a expressão “forrobodó", que vem de uma palavra africana que significa bagunça, festa. E aí tiraram o bodó e deixaram só o forró.
Ele ainda destaca uma das hipóteses sobre a origem do nome “forró”: a palavra viria de “forrobodó”, de origem africana, que significa festa ou bagunça. Com o tempo, o termo teria sido encurtado, dando origem ao nome pelo qual o gênero é conhecido até hoje.
Origem e transformações do forró
Dalton Soares/G1
📲 Confira as últimas notícias do g1 Piauí
📲 Acompanhe o g1 Piauí no Instagram e no X
VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube